quarta-feira, 20 de abril de 2011

Descalabro, Seu próprio Ódio

Uma vontade súbita de cometer suicídio, ao som de sua voz doce em meu ouvido. Sempre que diz o que sente tenho pena e nojo de suas podres palavras.
Queria ser vitima de um sono profundo em caminho a morte, um silêncio sagaz insano, sem vida, sem som e sem cor. Sinto muito minha querida, mas, não posso mais te ouvir, mas se quiser posso tentar ser menos cético.
Toda minha paz se fez dormir em uma escuridão profunda em sonhos perdidos e um reflexo das ultimas palavras infernais no livro da minha vida, náuseas.
Sabe, às vezes ate penso em te ajudar daí lembro você é inútil, sempre me instruirão a ser o fruto de uma ignorância perfeita, sem imaginação e com uma ilusão efêmera da dor.
Em forma de sentido não tenho nenhuma percepção de um amor, aquele termo que hoje muitos têm como motivo de viver. Viver pra que? Pra ser iludido, esfacelado por uma pessoa que você ama. O que eu faço não deriva de você, odiar aleatoriamente é a única forma de transformar essa violência isenta e distinta em meus olhares em apenas ódio impessoal.
Tudo aquilo que disse no passado vai te fazer falta no futuro então atuar não é o bastante, ao menos que seja verdadeiro assumindo a mentira que há em sua alma vazia. Não adianta confissão após a morte não conseguiremos olhar para trás, tudo passa em sua frente sem piedade e nem um pingo de fé, nem que possa ouvir apenas vozes de um vale muito distante que um dia pode te salvar.
Nuvens negras virão a surgir, dai então em baixo de uma chuva de seu próprio sangue ouviram palavras que afligem, ao cair uma lágrima límpida que não conseguiu tocar ao chão, a dor maior se tornou apenas um pedra diante toda a muralha.
Conseguimos enxergar em sua face um sorriso entre lágrimas, que esconde toda deslumbra de sua agonia. 

2 comentários:

  1. Acho que precisarei ler esse texto mais algumas vezes para fazer um comentário decente. Mas vamos lá: suas palavras soam naturais e é por isso que são quase perfeitamente colocadas, alguns errinho poderiam tirar a beleza do texto, mas de tão belo não foi o caso. Eu vejo esse texto como tentar segurar água com as mãos; sempre escorre um pouco pelos dedos. E é por isso que sempre releio, para reencontrar as palavras e os significados que perdi.

    Delicado-grosso, doce-amargo (...). De passagens encantadoras e outras nem tanto. De claro, apesar de minha pequena confusão eu gostei bastante.

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  2. Sempre me esforcei o máximo pra passar essa minha característica de doce e amargo ao mesmo tempo. O casso de delicado-grosso causa uma confusão e essa é minha linha de detalhes.Uma critica sua é sempre bem-vinda. Nathalia Di, obrigado.

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